sexta-feira, março 09, 2007

Psicologia e Alienação- Publicidade

Essa consciência se funda na imobilidade do irracionalismo que leva o indivíduo a considerar-se desajustado em seu próprio mundo, à margem dos acontecimentos, espectador atento e passivo de fatos muito além de seu alcance.

A publicidade é nova: nasceu com a Revolução Industrial e representa um aspecto moderno da mitologia: a criação de necessidades que serão satisfeitas pelo produto oferecido.

A publicidade não busca apenas convencer, seu objetivo é modificar de tal forma que seus temas, idéias e insinuações emerjam como produto natural da própria vida. Cria pseudo-personalidades, o homem assume usando máscaras simbólicas que são os produtos: o automóvel, o sabonete, a roupa, o alimento, tudo que lhe é imposto e que dá ao indivíduo uma imagem de si mesmo de acordo com o que desejaria ser.

O primeiro pressuposto é o da primazia dos fenômenos afetivos. O homem não é um ser lógico, racional, seu discurso mais coerente, suas explicações ou raciocínios mais claros estariam relacionados com os desejos e temores que o atormentam. As relações afetivas com os semelhantes, com o mundo e suas transformações, configuram o “estilo” de seu comportamento, revelando os motivos de suas atitudes.

Psicologia e Alienação.
Alberto L. Merani.