segunda-feira, janeiro 17, 2011

Orientação Sexual

A sexualidade...
- é um conceito amplo.
- é parte integrante da personalidade humana
- envolve aspectos físicos, emocionais, psicológicos e sociais.
- se expressa a partir do conjunto de fatores como sensualidade, identidade, intimidade, vida reprodutiva e sexual.
- é uma experiência pessoal que reflete os padrões sociais da cultura em que nos desenvolvemos.
- é um fenômeno histórico e social.
- é um conjunto de fatos, sentimentos e percepções vinculado ao sexo ou à vida sexual.
- envolve a manifestação do impulso sexual e o que dela é decorrente: o desejo, a busca de um objeto sexual, a representação do desejo, a elaboração mental para a realização do desejo, a influência da cultura, da sociedade e da família, a moral, os valores, a religião, a sublimação, a repressão.
- o conceito de sexualidade só foi criado no século XIX, relacionado a um saber sexual que é decorrente da incitação à manifestação sexual verbal e escrita.
- temos parâmetros do que é considerado “normal” em sexualidade e estes parâmetros muitas vezes não consideram as diferenças entre as pessoas.

O sexo...
- é um conjunto de práticas, atitudes e comportamentos vinculados ao ato sexual, resultantes das concepções existentes sobre este ato sexual.

A educação sexual...

- é um processo amplo, social e cultural que ocorre ao longo do desenvolvimento humano. São as informações, valores, concepções, que aprendemos ao longo da vida sobre as questões da sexualidade.
- É uma educação “não intencional” que aparece cotidianamente nas mensagens televisivas, na música, na literatura, nos dogmas religiosos, nos mitos, nas piadas, etc... e incide sobre a “formação” que temos sobre sexualidade.

“A Educação Sexual compreende todas as ações, deliberadas ou não, que se exercem sobre um indivíduo, desde seu nascimento, com repercussão direta ou indireta sobre suas atitudes, comportamentos, opiniões, valores ligados à sexualidade. (WEREBE, 1998, p. 139).

A orientação sexual...

- é um processo sistemático, organizado e planejado que ocorre de modo “intencional” visando instruir e informar as pessoas sobre questões da sexualidade.
- Uma boa orientação sexual implica a realização de reflexões constantes, para que as informações se tornem parte da vida da pessoa e sejam incorporadas à sua Educação Sexual, ou seja, a Orientação Sexual existe dentro do processo amplo da Educação Sexual.

“É uma relação complexa porque, ao mesmo tempo que precisamos respeitar os valores que fazem parte das diferentes família e sociedades, também precisamos incentivar questionamentos e reflexões no tocante a tabus, crenças e preconceitos prejudiciais ao desenvolvimento afeitvo-sexual das pessoas e à conservação de uma vida sexual plena e prazerosa.” (MAIA e RIBEIRO, 2009, p. 35).

“A Orientação Sexual é um trabalho planejado, organizado, sistematizado, com tempo e objetivos limitados, realizado por um profissional especializado, cujo objetivo é informar, debater e refletir sobre questões da sexualidade com os indivíduos, levando-os a conhecer seu próprio corpo, a entender sentimentos, medos e angústias, a ser sujeitos de sua própria sexualidade.” (REIS e RIBEIRO, 2005, p. 36).

Assim, embora todas as pessoas sejam “educadoras sexuais”, se considerarmos os tabus e preconceitos, a culpa e a ansiedade, a desinformação e as informações distorcidas, tão comuns e correntes, há uma probabilidade muito maior de existir em nossa sociedade uma “deseducação sexual” de crianças e jovens. Se na escola o papel dos professores é garantir aos alunos o acesso a informações precisas e adequadas, e levar a eles uma educação plena, criativa e reflexiva, é preciso incluir nesse processo também a Orientação Sexual. (MAIA e RIBEIRO, 2009, p. 37).

O aluno muitas vezes chega à escola trazendo dentro de si informações distorcidas, dúvidas e ansiedade, crendices e preconceitos que lhe dão uma visão negativa com relação ao sexo.
E é essa escola que pode oferecer a ele o espaço necessário para refletir sobre seus valores e conflitos, para adquirir conhecimentos de questões sexuais e poder expressar sua angústia, seu medo ou sua culpa. (MAIA e RIBEIRO, 2009, p. 41).

[...] o orientador sexual deve, antes de tudo, acreditar em sua proposta, na necessidade de se levar para a sala de aula o debate sobre sexo e sexualidade. Desta forma, deve ser uma pessoa coerente com a sua proposta, que não tente passar modelos e, sim, analisar com os alunos as diferentes situações e visões que existem sobre o tema. Ser verdadeiro sem se achar portador da verdade absoluta. Deve ter conhecimento sobre o assunto sem ser onipotente e ter sensibilidade para perceber as necessidades dos alunos e procurar elaborar um programa que vá ao encontro dessas necessidades e das expectativas dos alunos. (RIBEIRO, 1990, p. 20).

Cabe ao professor provocar desequilíbrios, fazer desafios.
[...] é essencial que o aluno participe ativamente das atividades propostas, observando, argumentando, analisando, levantando hipóteses, tirando suas conclusões.

MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi. RIBEIRO, Paulo Rennes Marçal. (2009) Orientação sexual e Síndrome de Down: esclarecimentos para educadores. – Bauru: Joarte Gráfica e Editora. Unesp- FC. 65p.