domingo, abril 01, 2007

Para que haja a arte

Para que haja a arte, para que haja a ação e uma visualização estética é incontornável uma precondição fisiológica: a embriaguez.
A embriaguez precisa ter elevado primeiramente a excitabilidade de toda a máquina: senão não se chega à arte. (...)
Da mesma forma, a embriaguez que nasce como conseqüência de todo grande empenho do desejo, de toda e qualquer afecção forte; a embriaguez da festa, do combate, dos atos de bravura, da vitória, de todo e qualquer movimento extremo; a embriaguez da crueldade; a embriaguez na destruição; a embriaguez sob certas influências metereológicas, por exemplo a embriaguez primaveril; ou sobre as influências dos narcóticos; por fim, a embriaguez da vontade, a embriaguez de uma vontade acumulada e dilatada.
- O essencial na embriaguez é o sentimento de elevação da força e da plenitude.
A partir deste sentimento nos entregamos às coisas, as obrigamos a nos tomar, as violentamos.

Nietzsche