quinta-feira, junho 21, 2007

Somos pássaro novo, longe do ninho...

- trechos da resposta de Freud para a carta de Einstein perguntando: Por que a Guerra?

Como o senhor vê, isso não é senão uma formulação teórica da universalmente conhecida oposição entre amor e ódio, que talvez possa ter alguma relação básica com a polaridade entre atração e repulsão, que desempenha um papel importante na sua área de conhecimentos. Entretanto, não devemos ser demasiado apressados em introduzir juízos éticos de bem e mal. Nenhum desses dois instintos é menos essencial do que o outro; os fênomenos da vida surgem da ação confluente ou mutuamente contrária de ambos. (...)A dificuldade de isolar as duas espécies de instinto em suas manifestações reais é, na verdade, o que até agora nos impedia de reconhecê-los.

De forma que, quando incitados à guerra, as pessoas podem ter todo uma gama de motivos para se deixarem levar- uns nobres, outros vis, alguns francamente declarados, outros jamais mencionados. Não há por que enumerá-los todos. Entre eles está certamente a agressividade: as incontáveis crueldades que encontramos na história e em noissa vida de todos os dias atestam a sua existência e a sua força.

No caso do homem, sem dúvida ocorrem também conflitos de opinião que podem chegar a mais raras nuanças da abstração e que parecem exigir alguma outra técnica para sua solução.

As idéias a que se faz o apelo só podem, naturalmente, ter importância se exprimirem afinidades importantes entre os membros, e pode-se perguntar quanta força essas ideías podem exercer. A história nos ensina que, em certa medida, elas foram eficazes.