sexta-feira, junho 15, 2007

rascunhos de 2004 e coincidências

De você só posso ter poucas lembranças
E muuita curiosidade.

São sempre mais palavras que respostas
Sempre mais vontades que sorrisos

E você agora é só mais uma parte
Dessa paisagem estranha que eu assisto

Queria que as janelas se mexessem
como mexiam as janelas do seu carro...

Viro de costas todos os porta-retratos,
se me vigiam com seus olhos imóveis.

Depois de tantas conversas sobre nada
Tenho muito assunto quando falo sozinha

A loucura é sempre tão solitária
Queria acreditar em telepatia
E confessar coisas que eu ainda não senti
Contar idéias que ainda não pensei

As vezes a raiva é maior que os motivos

Tem horas que um sorriso resolve
Tem coisas que só seu abraço destranca

Como eu faço pra domar tanta vontade?
Que mesmo tão enorme, é tão discreta...

Já foram tantos absurdos, coincidências, suspresas
Mas nada que durasse mais que algumas horas.

É difícil imaginar tudo o que o medo impede,
os limites que nossas atitudes criam.

Gosto quando encontro alguém que aceite ser provocado,
que se encante com o meu cinismo
que a gente possa rir e se assustar ao mesmo tempo.

(E logo com o tempo se desperta
Uma sensação nova que aquece,
uma loucura calma,
arrepios e choques leves,
até eu não sentir mais nada,
a não ser minha pele tão viva e ...cócegas...)

Quando vai embora eu guardo então outras poucas lembranças
E outras muuuitas curiosidades.